De entre os filmes realizados na década de 80, é importante destacar Rain Man, Encontro de Irmãos, cuja história gira em torno de um personagem autista. Contrariamente à maioria dos filmes que retratam temáticas semelhantes, Rain Man rejeita qualquer apelo ao sentimentalismo: Raymond Babbitt (Dustin Hoffman), o autista de meia-idade, não sofre uma cura milagrosa, chega ao fim precisamente como quando apareceu inicialmente. Embora contrariasse os hábitos comerciais de Hollywood, foi considerado o melhor filme de 1988.
Não foi fácil dar forma à história: três realizadores recusaram “pegar” nela, mas Barry Levinson acreditou no seu potencial, aceitando transpor para o cinema o argumento de Ronald Bass.
Dustin Hoffman ganhou, pela sua espantosa representação de um autista «que consegue manter uma conversa, cumprir rigidamente um horário, debitar todas as estatísticas possíveis e imaginárias do basebol sem que alguém consiga decifrar aquilo que ele realmente pensa», o segundo Óscar de melhor actor da sua carreira.
Também Tom Cruise, o irmão ergomaníaco de Raymond, merece distinção pelo seu desempenho na tentativa de compreender a alma que habita no interior do herdeiro da fortuna do pai.
Tom Cruise e Dustin Hoffman, em Rain Man, Encontro de Irmãos.
Rain Man recebeu oito nomeações, arrecadando dois Óscares – melhor realizador e melhor argumento original.
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